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Mostrando postagens de março, 2011

A releitura do cortiço

Hoje recebi mensagem de uma amiga também arquiteta, indignada com o projeto de apartamento-tipo onde a área de serviço está localizada no terraço de convivência da família. Lembrando de expressão criada por um professor na pós graduação, "hoje muitos dos arquitetos são do tipo mão presa", quando tem que adotar em seus projetos definições que vêm prontas dos departamentos de marketing das incorporadoras. Estes definem antes mesmo do arquiteto traçar sua primeira linha, a tipologia arquitetônica do edifício, que geralmente é o tal neo clássico. Que fazer, precisamos trabalhar! O que é inaceitável é um retrocesso criativo nos projetos quando se trata de definir a planta, que até certo ponto limita e define a ocupação do imóvel, principalmente se este for de reduzidas dimensões. Será que é uma releitura do antigo cortiço, onde se comia, lavava e dormia no mesmo cômodo? Será que venderão esses apartamentos, uma vez que é comprovado estatisticamente que quem define a c...

Minha mãe contou

   Sou filha de espanhóis e minha mãe me contou há muito tempo, quando eu ainda era adolescente, que em sua cidade natal e na Espanha como um todo, era terminantemente proibido jogar lixo nas ruas, isso lá na década de 1950, pouco antes de ela vir para cá. Quem jogasse e fosse flagrado por um membro da guarda civil tinha que pagar a multa na hora, sem desculpas. Não havia opção. Na hora! Povo civilizado.