A Marginal Tietê é uma importante via de ligação em área urbana de São Paulo, senão a mais importante, de conexão entre municípios da maior metrópole da América Latina. O número de veículos e de cargas que passam diariamente por ela é espantoso. Seus congestionamentos também são espantosos e desencorajantes. Trafega-se a 10 km por hora em média nas horas de pico.
Ao ser reinaugurada, ocorreu o que os técnicos chamam de demanda reprimida, ou seja, muitos dos motoristas que a evitavam em função dos congestionamentos passaram a utilizá-la com a promessa ouvida da prefeitura de que o tráfego lá, melhoraria (http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/novas-obras-aumentam-em-35-mil-o-numero-de-carros-na-marginal-tiete-20100423.html).
Com essa problemática e importância, era de se esperar que o projeto de sua reestruturação tivesse sido desenvolvido com mais preocupação do que o foi. O que nunca se divulgou pela mídia ou pela própria prefeitura é que anos antes de sua reestruturação, um projeto para a Marginal Tietê foi apresentado por seu(s) autor(es) à CET - Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo, mas seus técnicos o reprovaram. Era esse projeto, provavelmente com algumas diferenças. Anos após, o mesmo projeto foi levado diretamente à prefeitura, mas desta vez sem ser submetido ao CET. Foi implantado e a Marginal Tietê a meu ver, piorou e muito. É um verdadeiro curral, onde não se pode decidir poucos minutos antes ou até próximo a alguma saída se queremos utilizá-la. Isso tem que ser decidido quilômetros antes, com uma sinalização ineficiente e confusa. Pobre do visitante que tem que circular por essa via sem conhecê-la a fundo.
Pois bem, esse importante eixo de ligação teve seu projeto desenvolvido por um especialista em estacionamentos de shoppings e grandes supermercados, ou seja, um especialista em veículos parados!
fonte: acervo da autora
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