Excelentíssimo senhor
prefeito do Município de São Paulo,
Nós, cidadãos desta
metrópole, pedimos encarecidamente que se construam parques na cidade de São
Paulo.
Temos índices baixíssimos
de área verde por habitante; temos enchentes demais e agora, temperaturas mais
altas que nossa lembrança pode alcançar. Exceto em algumas
"áreas nobres", temos poucas árvores ao longo de nossas avenidas que
nos proporcionem sombreamento ao caminhar.
Ora por favor, não
precisamos de mais shoppings, homogeneizados em seu conteúdo, sempre com as mesmas lojas, maçantes, onde
uma vez dentro não se tem notícia do que ocorre lá fora, se chove ou faz sol.
Sessenta e três shoppings já é uma quantidade suficiente para o pouco dinheiro
que temos para gastar.
Queremos mais parques,
grandes ou pequenos, distribuídos pela mancha urbana onde for possível, para
que os já existentes não se pareçam com shoppings, de tão lotados aos fins de
semana. Queremos que o "ir ao parque" não seja um programa agendado e
sim uma decisão de última hora, onde se possa ir à pé, fim da manhã ou fim de
tarde, sós ou acompanhados, para ler ou cortar caminho.
Já sabemos que o futuro
parque em Santa Cecília, com área de 25 mil metros, o Parque Augusta, foi
aprovado pela prefeitura, finalmente. Menos torres em área já esgotada!
Agora, é a vez do distrito
da Mooca, mais especificamente, a área conhecida como Parque da Mooca, que tem
parque somente no nome, resquício dos projetos tipo "bairro jardim",
mas que teve um distrito industrial inserido no seu desenho urbano na década de
1920.
A Mooca tem o menor índice
de área verde por habitante da cidade e a temperatura de superfície mais alta,
segundo o Atlas Ambiental da Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo.
A Mooca precisa de qualidade ambiental urbana imediatamente.
Senhor prefeito, existe no
Distrito Industrial do Parque da Mooca, de projeto encomendado em
1922 pela Companhia Chácaras da Mooca S.A de propriedade da família Paes
de Barros, ao escritório Wendel & Vieira, um terreno de 100 mil metros
quadrados, excelente para implantar-se um parque de dimensões adequadas no
bairro. Acreditamos que a prefeitura de São Paulo já conhece o local em função
da contaminação do solo provocada pela antiga proprietária da área,
a empresa Esso de produtos derivados do petróleo. Pois é com
satisfação que informamos que aquele solo contaminado está em processo de
remediação desde 2002, quando uma incorporadora tentou lançar um grande
empreendimento de edifícios residenciais e chamou a atenção para o fato da
contaminação. Está pronto para a implantação de nosso sonhado parque. Mãos à
obra!
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