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Mostrando postagens de abril, 2011

Edifícios de São Paulo e suas garagens

Ontem tive a oportunidade de visitar um edifício vizinho a outro em construção em Pinheiros e pude fotografar o local da obra visto de aproximadamente 10 andares acima. A construtora apenas começou a execução das fundações, mas foram encontradas enormes rochas no subsolo e que estão sendo demolidas para dar lugar aos 03 subsolos que comporão as garagens para veículos.  As fotos mostram a interferência ecológica que esse tipo de obra promove, ou seja, em tempos de proteção ao meio ambiente, as rochas parecem não ter importância como elementos da natureza. Não entendo de fundações  e tenho certeza de que os competentes engenheiros paulistanos sabem o que fazem (tenho certeza de que a tragédia da cratera da obra da Estação Pinheiros do Metrô não foi provocada por erro de engenharia), mas é um pouco assustador imaginar que uma rocha daquelas dimensões e que esteve lá por milhares de anos possa ser demolida totalmente sem nenhuma conseqüência para o meio natural. Gostaria...

Dicas de relacionamento com as pessoas com deficiência

"A necessidade de atendimento às normas de acessibilidade formalizadas por leis municipais, estaduais e federais não é somente uma formalidade na aprovação de projetos de edificações em geral. Trata-se de uma conscientização de que pessoas portadoras de necessidades especiais e mobilidade reduzida fazem parte da sociedade brasileira em qualquer faixa da população, apenas não estavam até pouco tempo, devidamente inseridas no contexto.  Profissionais da área de projetos de arquitetura tem um papel relevante na disseminação dessa cultura da acessibilidade geral e irrestrita. A cada vez que um projeto de arquitetura específico de acessibilidade é apresentado ao cliente ou outros interessados, essa cultura da inclusão vai ganhando adeptos, força e até apaixonados pelo assunto". ( www.officearquitetura.com.br/obras_acessibilidade.html) A prefeitura de São Paulo, mais uma vez sai à frente e com muita competência, lança um pequeno e agradável manual intitulado  Dicas de relaciona...

Porta

Mensagem em porta de residência em Pinheiros, São Paulo, SP. Até breve! MEPR     

Reciclagem informal

Quem não se deparou, enquanto dirige pelas ruas de São Paulo, com um carroceiro vindo na contramão ao seu encontro, com olhos arregalados, também temendo pelo pior? Muitos de nós passam por essa experiência assustadora quase todos os dias. Quem não passou ainda por isso imagine a cena: o sinal abre e você entra à esquerda como muitos outros veículos que repentinamente vão desviando de algo, do carroceiro vindo na contramão! Nessa hora os anjos da guarda de plantão e a baixa velocidade padrão atual em São Paulo ajudam, com certeza. Só crendo nisso! Sou adicta à reciclagem e não entendo como algumas pessoas ainda misturam embalagens com restos de comida. Como se tem veiculado nas mídias, São Paulo tem atingido bons índices de reciclagem de materiais, mas apesar disso ainda estamos engatinhando nessa importante questão para o meio ambiente. O carroceiro sendo visto como a "formiguinha" que promove o transporte até os pontos de coleta é um pensamento muito amador, a meu ver.  S...

O dia-a-dia da apropriação do espaço público

Aprendi muitas coisas quando trabalhei na primeira construtora e uma delas foi que obra não pode ser obra suja, não precisa ser desorganizada. Onde há sujeira e desorganização há desperdício e desperdício é ir na contra-mão da história. Isso sem considerar a acessibilidade aos pedestres, suspensa enquanto o edifício é construído. O exemplo abaixo mostra o que é apropriação do espaço público no dia-a-dia, que incomoda aos chatos de plantão, como são vistos os reclamadores profissionais como eu pelos outros habitantes que não exercem esse direito. Pior para eles. A mim incomoda não poder mais utilizar a calçada, em nenhum dia do ano, pois a construtora fez dela seu pátio, seu canteiro de obra, seu depósito. Quando não há ferramentas em uso (grande risco para pedestres), há material empilhado; quando não, temos água e cimento que polui o meio ambiente e o lençol freático. Desculpem a redundância, pois a obra ocorre há mais de ano na rua Fradique Coutinho esquina com rua do...

Faça o que eu digo, não faça o que eu faço

Senhores, é com pesar que lhes comunico a morte de mais um ser vivo de grande i mportância para a comunidade que reside próxima à nova futura estação do Metrô, Estação Fradique Coutinho: o belo exemplar de Jacarandá-mimoso que viveu por década s na esqui na entre as ruas Fradique Coutinho e rua dos Pinheiros, no bairro de Pinheiros, São Paulo. Padeceu sob Cia do Metrô, foi cruxificado, morto e sepultado pelos funcionários do Consórc io Via Amarela. Quando quiser m atar uma árvore, faça como os funcionários do Metrô: pregue-lhe cravos, ou seja, pregos. Não tardará muito. O s pregos serviam para comunicações internas como "use capacete" ou "somente trânsito de pedestres", etc. Nossa linda árvore florescia todos os anos, substituindo todas as suas folhas por flores cor lilás, que caiam e formavam um tapete sobre a calçada e o asfalto. Sua altura pas sava d e 10 metros e sua copa devia ter pelo menos 5 metros de diâmetro. Hoje, s eus restos jazem sob...

Calçada nossa de cada dia

Há muitos anos que me sinto indignada com a precariedade de nossas calçadas. O simples ato de percorrer à pé o trajeto de apenas uma quadra entre minha casa e meu escritório me transforma. Meu primeiro impulso é chamar a fiscalização e fantasiosamente me vejo como a heroína que receb e o fiscal da sub-prefeitura de Pinheiros, em São Paulo, agindo de acordo com o que dele se espera, multando todo mundo. Claro que não faço isso, afinal, estou sempre com pressa! Mas faço algo: tenho fotografado de tempos em tempos os desníveis, buracos, raízes e lhes asseguro que a situação só tem piorado. É impressionante! A cada 20 ou 30 metros de trajeto uma situação mais calamitosa que a outra. Não é por coincidência que não se vem ali muitos carrinhos de bebê ou alguma pessoa com alguma dificuldades de locomoção. É impossível passear por aqui! Não sei se olho para o chão ou para o poste. Não há sapato que resista. Aliás é são meus sapatos que decidem se vou caminhar até o escritório ou se irei de au...